O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou seu apoio ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro em uma nova publicação em sua rede social Truth Social, classificando as investigações contra Bolsonaro como uma "caça às bruxas". A declaração foi feita na terça-feira, 8 de outubro, e marca a segunda vez em dois dias que Trump se manifesta em defesa do brasileiro, que enfrenta acusações no Supremo Tribunal Federal (STF) por supostamente liderar uma tentativa de golpe de Estado após sua derrota nas eleições de 2022.
Trump pediu que deixassem Bolsonaro em paz, referindo-se às ações judiciais como ataques políticos e criticando o que considera uma abordagem "terrível" do Brasil em relação ao ex-presidente. A pressão dos Estados Unidos é vista como uma estratégia para evitar a condenação de Bolsonaro, que atualmente está sob investigação.
Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, se licenciou do cargo de deputado federal para residir nos EUA, onde busca articular sanções contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, relator do caso. Moraes prorrogou recentemente um inquérito que investiga a atuação de Eduardo no exterior. As declarações de Trump têm gerado desconforto no governo brasileiro, que considera a intervenção uma afronta à soberania nacional.
Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a defesa da democracia no Brasil é uma questão que deve ser tratada pelos brasileiros, ressaltando a independência das instituições do país. O STF, por sua vez, não se manifestou oficialmente sobre as declarações de Trump, mas magistrados da Corte consideram suas palavras irrelevantes para o julgamento de Bolsonaro. No mesmo dia em que Trump fez seu primeiro comentário, a Justiça da Flórida deu um prazo de 21 dias para que Moraes se manifeste sobre um processo envolvendo a plataforma Rumble e a empresa de Trump, que o acusa de censura.