O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou discordância em relação ao primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, que afirmou não haver fome na Faixa de Gaza. Durante uma coletiva de imprensa em Turnberry, na Escócia, nesta segunda-feira, 28, Trump comentou sobre imagens de crianças palestinas desnutridas que circularam na última semana, afirmando: "Baseado nas imagens da televisão, eu diria que essas crianças parecem muito famintas".
Trump destacou que Israel possui "muita responsabilidade" pela crise humanitária em Gaza, embora tenha mencionado que o grupo terrorista Hamas estaria desviando ajuda humanitária. Ele indicou que pretende pressionar Netanyahu em futuras conversas para garantir a entrada de mais ajuda no território palestino, afirmando: "Eu quero que eles garantam que todos consigam a comida".
As declarações de Trump surgem em um contexto de crescente preocupação internacional, com a ONU reportando que mais de 50 palestinos morreram de inanição na última semana e que 500 mil habitantes de Gaza não têm acesso a alimentos diários. Em resposta à pressão global, o Exército de Israel começou a realizar lançamentos aéreos de ajuda humanitária, embora a ONU tenha acusado Israel de criar obstáculos logísticos que dificultam a distribuição de assistência.
Além disso, organizações de direitos humanos israelenses, como B'Tselem e Médicos pelos Direitos Humanos-Israel, alegaram que Israel está cometendo genocídio em Gaza, uma acusação que marca um ponto significativo nas críticas internas ao governo israelense. O diretor dos Médicos pelos Direitos Humanos-Israel, Guy Shalev, expressou a esperança de que essas declarações ajudem a conscientizar o público sobre a gravidade da situação.