Em Washington, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou pela primeira vez sobre a crise diplomática com o Brasil, afirmando que ainda não é o momento para dialogar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante uma coletiva de imprensa, Trump defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro, descrevendo-o como um negociador honesto e duro, sem abordar diretamente as acusações que pesam contra Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
A China, maior parceiro comercial do Brasil e segundo maior dos Estados Unidos, manifestou sua insatisfação com o tratamento que o governo americano tem dispensado ao Brasil. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China ressaltou que a igualdade soberana e a não interferência nos assuntos internos são princípios fundamentais das relações internacionais, criticando o uso de tarifas como forma de coerção.
Na mesma semana, Trump enviou uma carta ao primeiro-ministro canadense, Mark Carney, aumentando tarifas sobre produtos canadenses devido a questões relacionadas ao tráfico de drogas. Carney, por sua vez, afirmou que o Canadá continua a negociar com os EUA e que tem feito progressos no combate ao tráfico, defendendo os interesses de trabalhadores e empresas canadenses.
As tensões comerciais entre os países têm gerado preocupações entre economistas sobre os possíveis impactos na economia, incluindo empregos e inflação, enquanto o Brasil busca reafirmar sua posição nas negociações internacionais.