O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou descontentamento com o elevado custo da renovação da sede do Federal Reserve (Fed), em Washington, e utilizou o acabamento em mármore como um dos motivos para justificar a possível demissão do presidente do banco central, Jerome Powell. A relação entre Trump e Powell tem sido marcada por desentendimentos, especialmente em relação às taxas de juros.
Durante o primeiro mandato de Trump, o Fed iniciou um projeto de renovação da sede, datada da Grande Depressão, que gerou polêmica em 2020. Nomeados pelo presidente republicano solicitaram a inclusão de mais "mármore branco da Geórgia" na fachada do edifício, contrariando a proposta original dos arquitetos, que defendiam paredes de vidro para simbolizar a transparência da instituição. A decisão de incluir o mármore foi registrada nas atas da Comissão de Belas Artes, que assessora o governo federal em questões arquitetônicas.
Apesar das críticas, o uso do mármore não é responsável pelos cerca de US$ 600 milhões em estouros de custo, que elevaram o orçamento total da obra para US$ 2,5 bilhões. Este valor inclui a construção de uma garagem subterrânea e novos átrios de vidro. O assessor orçamentário de Trump, Russ Vought, mencionou o "mármore premium" em uma carta a Powell, destacando-o como exemplo de gastos excessivos. Em resposta, Powell afirmou que o projeto utilizaria "novo mármore doméstico" para atender a preocupações levantadas por agências de revisão externas.