O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou a cúpula do Brics realizada no Rio de Janeiro nos dias 6 e 7 de julho de 2025, afirmando que o grupo está "desaparecendo rapidamente". Durante um evento na Casa Branca na sexta-feira (18), Trump desqualificou a iniciativa do bloco de reduzir a dependência do dólar no comércio internacional e reiterou a ameaça de impor tarifas de 10% sobre os países que se alinhassem ao Brics.
A reunião, presidida pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, contou com a ausência dos líderes da Rússia e da China, Vladimir Putin e Xi Jinping, respectivamente. Trump afirmou que o Brics é um "grupo pequeno" e que a falta de participação significativa na cúpula demonstra a hesitação dos países em serem tarifados. "Eles não queriam ser tarifados, é incrível", declarou o presidente americano.
O Brics, que originalmente incluía Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, passou por uma expansão em 2023, adicionando Emirados Árabes, Egito, Etiópia, Indonésia e Irã. A Arábia Saudita, mencionada por Trump, ainda não formalizou sua adesão ao grupo. Trump também reiterou sua disposição de aplicar tarifas de 100% se o Brics avançar na criação de uma moeda alternativa ao dólar, reforçando sua posição contra o bloco em várias ocasiões ao longo do ano.
Em resposta às críticas de Trump, o Brics emitiu uma declaração conjunta durante a cúpula, defendendo o direito de cada país de estabelecer suas próprias regulamentações sobre inteligência artificial e criticando medidas coercitivas unilaterais que contrariam o direito internacional, sem mencionar diretamente as tarifas propostas pelo presidente dos EUA.