O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se vê em meio a uma crescente controvérsia relacionada ao caso do bilionário Jeffrey Epstein, que morreu em 2019. Em uma declaração feita na quarta-feira, 16, Trump criticou seus apoiadores por acreditarem em teorias da conspiração sobre a morte de Epstein, afirmando que não deseja mais seu apoio. A declaração surge em um momento em que Trump tenta se distanciar de Epstein, que se tornou um símbolo de escândalos envolvendo abuso sexual e tráfico de menores.
Desde a morte de Epstein, Trump tem utilizado o caso como uma ferramenta política, prometendo revelar informações sobre uma suposta lista de clientes que incluiria figuras proeminentes, como celebridades e políticos democratas. No entanto, a Secretária de Justiça, Pam Bondi, que havia prometido apresentar essa lista, agora admite que não existem documentos relevantes a serem divulgados, gerando descontentamento entre seus apoiadores.
A situação se agrava com a divulgação de imagens do circuito interno da prisão onde Epstein estava, que foram editadas, alimentando ainda mais as teorias conspiratórias. Influenciadores e comentaristas da base republicana, como Laura Loomer e Glenn Beck, começaram a exigir a renúncia de Bondi, enquanto outros, como Tucker Carlson e Steve Bannon, criticaram a falta de transparência do governo.
Esse episódio pode se transformar em uma crise política significativa para Trump, que já enfrenta desafios como a inflação crescente e uma popularidade em queda, com pesquisas indicando que a insatisfação com suas políticas de imigração está em alta. A situação exige que Trump, conhecido por sua habilidade em moldar narrativas, encontre uma maneira de lidar com as repercussões do caso Epstein e a pressão crescente de sua base.