O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contestou a afirmação do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de que "não há fome" na Faixa de Gaza. A declaração de Netanyahu ocorreu durante um encontro com o premiê britânico, Keir Starmer, na Escócia, na segunda-feira (28 de julho de 2025). Trump, ao se dirigir a jornalistas, destacou a situação crítica das crianças na região, afirmando: "Pelo que vejo na TV, essas crianças parecem estar com muita fome. Precisam de comida e segurança agora".
A divergência entre os líderes se intensifica em meio a pausas temporárias nas operações militares de Israel, que visam facilitar a entrada de ajuda humanitária. O Exército israelense estabeleceu corredores humanitários para a passagem de comboios com alimentos e medicamentos, funcionando das 6h às 23h, permitindo a distribuição de suprimentos essenciais em áreas densamente povoadas, como Cidade de Gaza, Deir al-Balah e Muwasi.
Durante o encontro, Trump anunciou a criação de centros de alimentação em Gaza, em colaboração com outros países, e mencionou que a União Europeia enviará mais ajuda à região. O presidente expressou preocupação com a distribuição dos suprimentos, citando o risco de apropriação pelo Hamas. Apesar das medidas humanitárias, Netanyahu reiterou que a guerra em Gaza continuará até a "vitória completa".
Trump também comentou sobre a situação dos reféns israelenses mantidos pelo Hamas, levantando dúvidas sobre sua libertação, e sugeriu que Netanyahu poderia considerar um cessar-fogo. A situação em Gaza tem gerado críticas da comunidade internacional, com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, apontando a inação diante do sofrimento da população palestina, enquanto países como Emirados Árabes Unidos, Jordânia e Egito se mobilizam para enviar ajuda ao território.