O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma tarifa adicional de 50% sobre produtos brasileiros, alegando que o Brasil estaria perseguindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Trump criticou o julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), chamando-o de 'vergonha internacional'. Essa medida, segundo analistas, reflete um viés político, já que Trump não apresentou razões comerciais ou de segurança como justificativa, mas sim a suposta perseguição ao ex-presidente brasileiro.
Além das tarifas, o governo Trump também mencionou o sistema de pagamentos instantâneos brasileiro, o PIX, como parte da disputa. A administração brasileira suspeita que o sucesso do PIX, que já conta com mais de 150 milhões de usuários, tenha incomodado grandes instituições financeiras dos EUA, levando a uma pressão política contra o Brasil. O governo Lula, que adotou o PIX como um ativo nacional, defende sua importância para a inclusão financeira e inovação no país.
Em resposta às declarações de Trump, Lula elevou o tom, afirmando que o ex-presidente americano estaria preso se tentasse ações semelhantes no Brasil. O presidente brasileiro também criticou a carta de Trump, interpretando-a como uma tentativa de ingerência nos assuntos internos do país. Lula reafirmou que o Brasil não aceitaria ordens externas e que responderia de forma civilizada.
Em um movimento que favoreceu o governo, Lula vetou um projeto que aumentaria o número de deputados federais, evitando um desgaste político adicional. A decisão foi bem recebida pela opinião pública, com 85% dos brasileiros se manifestando contra o aumento. Essa ação, juntamente com a postura firme do governo frente ao Congresso, busca restaurar a imagem do Planalto em meio a um cenário político conturbado.