O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que estabelece tarifas de 50% sobre produtos exportados pelo Brasil. Apesar da reação inicial negativa, o mercado brasileiro reagiu de forma positiva após a divulgação da lista de exceções, que inclui itens cruciais como suco de laranja, celulose e aviões da Embraer, totalizando 694 produtos isentos da nova alíquota.
Os produtos que sofrerão a tarifa de 50% incluem principalmente café e carnes, que já enfrentam uma taxa de 10%. A nova taxação entrará em vigor dentro de sete dias, conforme anunciado pela Casa Branca. Especialistas, como Gustavo Cruz, da RB Investimentos, afirmam que, embora algumas empresas não tenham sido incluídas nas exceções, a possibilidade de renegociação das tarifas gera um ambiente otimista para o mercado.
Cruz destaca que a Embraer foi uma das empresas mais visadas nas negociações, uma vez que a falta de alternativas para as companhias aéreas americanas poderia resultar em prejuízos significativos. A inclusão do suco de laranja entre as exceções também é atribuída à pressão de empresas americanas que dependem desse produto brasileiro.
Por fim, a base legal para a implementação das tarifas está sendo contestada na Justiça, com um novo julgamento agendado para amanhã. A possibilidade de uma nova derrota judicial para o governo americano pode alterar o cenário atual, trazendo alívio para o mercado brasileiro, conforme observam analistas.