O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que pretende impor tarifas sobre produtos farmacêuticos até o final de julho, com a possibilidade de taxas sobre semicondutores na sequência. As tarifas, que devem ser implementadas em 1º de agosto, fazem parte de uma estratégia mais ampla de tarifas "recíprocas". Durante uma coletiva de imprensa em Washington, Trump afirmou que começará com uma tarifa baixa, permitindo um ano para que as empresas farmacêuticas aumentem sua capacidade de produção nos EUA, antes de aplicar uma tarifa significativamente maior.
As novas tarifas afetarão grandes empresas do setor farmacêutico, como Eli Lilly, Merck e Pfizer, que operam fora do território americano, e podem resultar em um aumento nos preços para os consumidores. Além disso, a implementação de tarifas sobre semicondutores poderá impactar produtos eletrônicos, como laptops e smartphones, de marcas como Apple e Samsung. Trump já havia anunciado anteriormente uma tarifa de 50% sobre o cobre e indicou que as tarifas sobre medicamentos poderiam chegar a 200% após um período de transição.
O governo americano justificou as novas tarifas com base na Seção 232 da Lei de Expansão Comercial de 1962, alegando que a dependência de importações de medicamentos representa uma ameaça à segurança nacional. Em meio a essa ofensiva, Trump também anunciou um acordo comercial com a Indonésia, que inclui a redução de tarifas e compromissos de compra de produtos americanos.
Além disso, Trump mencionou que está em negociações com vários países, incluindo a Índia, e que pretende fechar acordos comerciais antes da data limite de 1º de agosto. Ele também comentou sobre a disposição de alguns países, como a Coreia do Sul, para negociar, enquanto outros, como o Japão, demonstraram resistência. O presidente minimizou preocupações sobre suas ameaças de tarifas secundárias a parceiros comerciais da Rússia, afirmando que não acredita que isso impactará os americanos.