O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (28) que a média das tarifas para o comércio internacional deve variar entre 15% e 20%. Caso essa previsão se concretize, o Brasil enfrentará uma taxa significativamente maior, de 50%, o que representa mais do que o dobro da média global. Trump fez a afirmação durante uma entrevista coletiva, onde também expressou seu desejo de que a China abra seus mercados para produtos norte-americanos, destacando acordos recentes com outros países, como Japão e Indonésia.
As autoridades econômicas dos EUA e da China se reuniram em Estocolmo nesta segunda-feira para discutir as disputas comerciais que marcam a relação entre as duas potências. O foco das negociações é a prorrogação da trégua tarifária por mais três meses, em um esforço para evitar uma nova escalada de tarifas que poderia impactar as cadeias globais de suprimentos. A China tem até 12 de agosto para firmar um acordo tarifário duradouro com o governo Trump, após acordos preliminares realizados nos meses anteriores.
Analistas acreditam que uma nova prorrogação da trégua tarifária é provável, o que poderia facilitar uma reunião entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping no final de outubro ou início de novembro. Enquanto isso, o governo Trump está se preparando para implementar novas tarifas que afetarão setores como semicondutores e produtos farmacêuticos. Além disso, o Financial Times relatou que os EUA suspenderam restrições sobre exportações de tecnologia para a China para não prejudicar as negociações comerciais em andamento.