O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou uma carta ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, onde anunciou a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Na correspondência, Trump também criticou ações do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e às grandes empresas de tecnologia, conhecidas como big techs.
Esse movimento de Trump é interpretado como parte de uma estratégia global para fortalecer a extrema direita, conforme análise de Guilherme Casarões, professor da FGV-SP e pesquisador do Observatório da Extrema Direita. Casarões destacou que essa abordagem já era visível durante o primeiro mandato de Trump e que agora ganha nova força, com o objetivo de criar uma frente internacional de extrema direita.
O cientista político ressaltou que a intenção é utilizar a influência dos Estados Unidos para apoiar a eleição de aliados de extrema direita em várias partes do mundo. Além disso, ele mencionou a defesa de uma interpretação particular da liberdade de expressão, que tem sido um tema central para a extrema direita e que pode conflitar com legislações de outros países. Trump tem demonstrado apoio a campanhas contra a regulamentação das redes sociais em nações como Brasil e Austrália, o que levanta preocupações sobre as implicações econômicas e políticas dessa postura.