O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou uma carta ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, anunciando a imposição de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos exportados do Brasil para os EUA, a partir de 1º de agosto. Na correspondência, Trump justificou a medida alegando ataques do Brasil contra eleições livres e a violação da liberdade de expressão dos americanos, sem apresentar provas concretas.
Em resposta ao anúncio, Lula convocou uma reunião no Palácio do Planalto com membros de seu governo, incluindo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. O Ministério do Desenvolvimento expressou surpresa com a nova tarifa, afirmando que as negociações com os EUA estavam focadas em uma proposta de tarifa de 10% para países do Brics.
Trump também argumentou que a relação comercial entre os dois países é "injusta" e que a tarifa é necessária para corrigir déficits comerciais que, segundo ele, ameaçam a economia e a segurança nacional dos EUA. No entanto, dados do Ministério do Desenvolvimento mostram que o Brasil tem registrado déficits comerciais com os EUA desde 2009, com um saldo negativo de US$ 88,61 bilhões ao longo desse período. Analistas sugerem que a decisão de Trump pode ter um forte componente geopolítico, visando aumentar sua influência nas relações internacionais.