O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil, que entrará em vigor em 1º de agosto. A nova taxa representa um aumento significativo em relação à tarifa de 10% que havia sido divulgada em 2 de abril. Entre os principais produtos brasileiros afetados estão petróleo, suco de laranja, café, ferro e aço.
A decisão foi comunicada em uma carta que menciona a suposta perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta um processo criminal no Supremo Tribunal Federal (STF) por sua suposta liderança em uma tentativa de golpe de Estado. A medida gerou repercussão na imprensa internacional, com o jornal The Washington Post destacando que questões pessoais parecem influenciar as tarifas comerciais de Trump, em vez de fundamentos econômicos.
A tensão comercial entre os EUA e o Brasil foi intensificada pela nova tarifa, com o The New York Times alertando para o potencial de uma guerra comercial entre os dois países. Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, e a imposição das tarifas pode ter consequências econômicas e políticas significativas para o país sul-americano.
Além disso, o jornal argentino El Clarín classificou a medida como "drástica", ressaltando que ela abre um conflito comercial entre os dois maiores países da América Latina, atualmente governados por líderes de espectros políticos opostos. A decisão de Trump também foi criticada por misturar motivações políticas e econômicas, superando a média de tarifas aplicadas a outros países da região.