O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, justificando a medida como uma resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), que ele classificou como "uma vergonha internacional". A declaração de Trump ocorreu em meio a um contexto de tensões políticas, onde Bolsonaro enfrenta acusações de tentativa de golpe de Estado, em um processo que seguiu todos os ritos constitucionais do Brasil.
O CEO da consultoria Eurasia, Ian Bremmer, comentou sobre o impacto da decisão de Trump, afirmando que a tarifa pode ser prejudicial para Bolsonaro e beneficiar o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista à Globonews, Bremmer destacou que a medida pode ser vista como um ataque ao Brasil, o que pode gerar uma reação negativa da população brasileira em relação a Trump e, consequentemente, aumentar a popularidade de Lula.
Bolsonaro, que já enfrenta problemas legais e foi considerado inelegível por oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não havia solicitado a imposição de tarifas, mas buscava apoio de Trump para sanções contra ministros do STF. A situação se complica ainda mais com a possibilidade de retaliações por parte do Brasil, que pode responder às tarifas impostas pelos EUA, intensificando o clima de tensão entre os dois países.