O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras, com início previsto para 1º de agosto. Em sua justificativa, Trump mencionou uma suposta 'caça às bruxas' contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, alegando ataques à liberdade de expressão. A senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura e atual relatora da Lei da Reciprocidade, defendeu uma postura de calma e equilíbrio institucional diante da medida.
Em nota, Tereza Cristina ressaltou a importância da relação histórica entre Brasil e Estados Unidos, afirmando que os povos dos dois países não devem ser penalizados por disputas políticas. "Nossas instituições precisam ter calma e equilíbrio nesta hora. A diplomacia deve cuidar dos altos interesses do Estado brasileiro", declarou a senadora, que também enfatizou a necessidade de utilizar instrumentos legais para negociar a reversão ou mitigação dos impactos da tarifa.
A decisão de Trump gerou reações intensas no Congresso Nacional, com parlamentares da base do governo acusando a família Bolsonaro de influenciar a medida. O senador Humberto Costa (PT-PE) classificou a tarifa como um ataque ao Brasil, enquanto o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) acusou os bolsonaristas de traição à pátria. Por outro lado, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) afirmou que não esperava tal medida e que as negociações em andamento tratavam apenas de uma tarifa de 10% discutida no âmbito do Brics.