O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (1º de agosto) uma nova tarifa de 30% sobre produtos importados da União Europeia, em um movimento que visa corrigir o superávit comercial do bloco europeu, que atualmente é de aproximadamente US$ 56 bilhões. Antes de sua administração, a taxa média aplicada era de 2,5%, mas atualmente gira em torno de 10%. O anúncio foi feito em meio a negociações comerciais entre os dois lados do Atlântico.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reagiu ao comunicado de Trump, afirmando que a nova tarifa poderia interromper cadeias de suprimentos essenciais e prejudicar tanto empresas quanto consumidores na Europa e nos EUA. Von der Leyen reiterou a disposição da União Europeia em continuar as negociações, mas alertou que medidas proporcionais seriam tomadas para proteger os interesses europeus.
Líderes de outros países europeus também expressaram suas preocupações. O presidente francês Emmanuel Macron criticou a decisão, destacando que a taxação ocorre após intensas negociações. O governo alemão pediu uma abordagem pragmática, ressaltando que as tarifas afetariam negativamente ambas as economias. O primeiro-ministro espanhol e a primeira-ministra italiana também se manifestaram, defendendo a importância do comércio livre e a necessidade de evitar tarifas injustificadas.