Na quarta-feira (9), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um aumento nas tarifas comerciais para 50% sobre produtos brasileiros, justificando a medida em uma carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão, que entrará em vigor no dia 1º de agosto, foi motivada por alegações de perseguição política ao ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), além de críticas a ações do STF que, segundo Trump, configuram censura a empresas americanas de mídia e internet.
O impacto da nova tarifa pode ser significativo para a balança comercial do Brasil, uma vez que grande parte das exportações brasileiras para os Estados Unidos consiste em commodities, onde os vendedores têm pouca influência sobre os preços. Produtos como petróleo, minério de ferro, aço, aeronaves, café e celulose estão entre os principais itens afetados, o que pode resultar em uma redução substancial das exportações brasileiras.
Os mercados financeiros já reagiram negativamente à notícia, com os contratos futuros de dólar subindo 2,37% na quarta-feira, cotando a moeda a R$ 5,577. O índice Ibovespa, que começou o dia estável, fechou com uma queda de aproximadamente 1,3%. Especialistas indicam que a incerteza nas tratativas comerciais pode levar a uma continuidade da alta do dólar e a uma queda nas ações nos próximos dias.