O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou nesta sexta-feira (data) sua ameaça de impor uma tarifa de 10% sobre as importações dos países membros do BRICS, afirmando que o grupo não se consolidará de forma significativa. Durante sua fala, Trump não mencionou os nomes dos países envolvidos, mas destacou que o BRICS poderia 'acabar muito rapidamente' se realmente se formasse. A declaração foi feita em meio a tensões comerciais e políticas entre os EUA e as nações que compõem o bloco.
Trump, que anunciou a nova tarifa em 6 de julho, justificou a medida como uma resposta a supostas 'políticas antiamericanas' do BRICS. Ele também reafirmou seu compromisso em manter o dólar como a principal moeda de reserva global e se opôs à criação de uma moeda digital de banco central nos EUA. Desde a sua ameaça, o presidente tem insistido que o BRICS foi criado com o intuito de prejudicar os interesses americanos, embora não tenha apresentado evidências concretas para sustentar essa afirmação.
Os líderes do BRICS, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã e Indonésia, rejeitaram as alegações de que o grupo tem uma postura antiamericana. Em resposta, o Brasil descartou a ideia de uma moeda comum durante sua presidência do bloco, mas segue avançando no desenvolvimento do sistema de pagamento internacional BRICS Pay, que visa facilitar transações comerciais em moedas locais. Além disso, Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras a partir de agosto, acompanhada de uma investigação sobre práticas comerciais que Washington considera 'injustas'.