Na segunda-feira (7), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a possibilidade de novas tarifas sobre importações de 14 países, provocando reações imediatas de governos da Ásia e da Europa. Os países que receberam as cartas com as novas sobretaxas demonstraram, em geral, interesse em expandir negociações com Washington, conforme a estratégia de Trump para pressionar seus parceiros comerciais.
O Japão, por exemplo, declarou estar avaliando formas de ampliar o comércio bilateral e eliminar barreiras, embora o primeiro-ministro Shigeru Ishiba tenha criticado a decisão de Trump, classificando-a como "profundamente lamentável". Já a Coreia do Sul, que é um dos principais exportadores de automóveis para os EUA, afirmou que o foco deve ser na melhoria de regulações internas para lidar com o déficit comercial.
Outros países asiáticos, como Tailândia e Indonésia, planejam enviar representantes a Washington para discutir as novas tarifas. Em contrapartida, a China alertou que poderá retaliar nações que firmarem acordos prejudiciais a seus interesses. Enquanto isso, a União Europeia, que não recebeu cartas com novas tarifas, se prepara para negociar um acordo até 1º de agosto, prazo estipulado por Trump para que os países se ajustem às suas exigências.
O Centro de Comércio Internacional da ONU destacou que a extensão do prazo para as tarifas gera incerteza no mercado global, afetando investimentos e a economia americana. Em meio a essa tensão, Trump também anunciou a imposição de uma taxa de 50% sobre todas as importações de cobre, elevando os preços do metal no mercado interno a níveis recordes.