O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou cartas a 24 países e à União Europeia, ameaçando impor tarifas mais altas caso não sejam firmados acordos comerciais até o dia 1º de agosto. As novas taxas variam em relação às tarifas previamente anunciadas em abril, quando Trump apresentou um plano de tarifas 'recíprocas', que já resultaram em uma tarifa mínima de 10% sobre importações para a maioria dos países afetados.
No caso do Brasil, a tarifa anunciada é de 50%, impactando as importações americanas de petróleo, produtos de ferro, café e suco de fruta. O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, indicou que poderá acionar a lei de reciprocidade econômica, que permite a suspensão de acordos comerciais, destacando que os EUA tiveram um superávit comercial de mais de US$ 410 bilhões com o Brasil nos últimos 15 anos.
Outros países também foram afetados, como Myanmar e Laos, que enfrentam tarifas de 40% e 40%, respectivamente, enquanto o Camboja teve uma redução de tarifa de 49% para 36%. A Tailândia e o Canadá também enfrentam tarifas de 36% e 35%, respectivamente, com seus líderes buscando negociações para mitigar os impactos. A Argélia e a Indonésia, por sua vez, terão tarifas de 30% e 32%, respectivamente, afetando principalmente suas exportações de petróleo e produtos agrícolas.
As medidas de Trump visam pressionar os países a firmarem acordos comerciais mais favoráveis aos EUA, com o prazo se aproximando rapidamente. As reações dos líderes mundiais indicam uma disposição para negociar, mas as incertezas sobre os impactos econômicos permanecem altas.