O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na última semana o adiamento da aplicação das tarifas do "Dia da Libertação" até agosto, uma decisão que se soma a uma série de mudanças de rumo em sua política comercial. Desde o anúncio inicial das tarifas em abril, o presidente tem enfrentado críticas e questionamentos sobre a consistência de sua abordagem, com analistas de Wall Street interpretando as mudanças como um sinal de recuo.
A revista Forbes USA destacou 28 ocasiões em que Trump alterou sua posição sobre as taxações, refletindo a complexidade e a volatilidade de sua estratégia. Entre as principais mudanças, estão as isenções de produtos como cobre e semicondutores, que inicialmente foram prometidas como parte de uma política tarifária abrangente. Além disso, o presidente admitiu que as tarifas não seriam totalmente recíprocas, contrariando promessas anteriores.
A situação se agravou com declarações contraditórias de Trump e seus assessores, que geraram confusão sobre a disposição do governo em negociar com outros países. Em um momento, Trump afirmou que suas tarifas "NUNCA MUDARÃO", enquanto, em seguida, seus assessores indicaram que negociações estavam em andamento. Essa oscilação culminou na suspensão temporária de tarifas mais severas, que ocorreu apenas horas após sua implementação, provocando reações imediatas nos mercados financeiros.
A série de recuos de Trump levanta questões sobre a eficácia de sua política comercial e sua capacidade de manter um discurso coeso em um cenário internacional cada vez mais competitivo. O impacto dessas decisões ainda está sendo avaliado por economistas e líderes do setor, que observam atentamente as repercussões nas relações comerciais dos EUA com outras nações.