O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT-8) decidiu, em reunião realizada no dia 30 de junho, implementar a contratação de estagiários transgêneros a partir de 2026. A medida foi comunicada pela presidente da corte, Sulamir Monassa, a representantes da comunidade LGBTQIA+, incluindo o desembargador Gabriel Napoleão Veloso, que solicitou a iniciativa, e ativistas de diversas entidades.
A presidente do TRT-8 aceitou o pedido e abrirá um período de 60 dias para receber contribuições da sociedade, visando regulamentar a criação de cotas para a inclusão da população trans no mercado de trabalho. As entidades presentes se comprometeram a realizar discussões internas e a organizar um evento temático entre 19 e 23 de agosto de 2025, no auditório do Tribunal, para debater a questão.
Gabriel Veloso destacou a importância de ações concretas para a inclusão da população trans, enfatizando que a simples realização de seminários não é suficiente para combater o preconceito. Ele citou a "Estratégia de Trabalho Digno", uma iniciativa do Ministério dos Direitos Humanos que visa promover emprego e renda para pessoas LGBTQIA+, como um exemplo de política pública necessária. Veloso também lembrou que a Constituição Federal assegura a igualdade e o direito ao trabalho como direitos fundamentais, reforçando a urgência de medidas efetivas para a empregabilidade trans no Brasil.