Na sexta-feira, 18 de agosto, os governos dos Estados Unidos e da Venezuela realizaram uma troca de prisioneiros mediada pelo presidente de El Salvador, Nayib Bukele. A operação resultou na repatriação de 252 venezuelanos deportados dos EUA, que estavam detidos no Centro de Confinamento de Terroristas (Cecot) em El Salvador, e na libertação de dez cidadãos americanos pela administração de Nicolás Maduro.
Os venezuelanos deportados foram acusados de pertencer a organizações criminosas, como o Trem de Aragua, mas familiares e ativistas alegam que as acusações são infundadas e que os processos judiciais foram arbitrários. Durante a detenção, os deportados relataram condições severas, incluindo falta de comunicação e abusos físicos. Entre os libertados, estava Óscar González Pineda, que, segundo sua mãe, não tinha vínculos com gangues.
Além dos americanos, o governo venezuelano também libertou um número não especificado de venezuelanos considerados presos políticos pelos EUA e por organizações de direitos humanos. O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que esses indivíduos foram detidos por se oporem ao regime de Maduro. Bukele, por sua vez, mencionou que ajudou a libertar 80 venezuelanos, destacando a complexidade das relações entre os países envolvidos.