Na última sexta-feira (18), aviões transportando imigrantes venezuelanos deportados pelos Estados Unidos aterrissaram em Caracas, em uma troca de prisioneiros entre os governos de Donald Trump e Nicolás Maduro. O governo venezuelano confirmou que a operação envolveu a liberação de 10 cidadãos e residentes dos EUA, além de 80 'presos políticos', em troca de 252 detidos no Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot) em El Salvador.
Os imigrantes venezuelanos foram enviados ao Cecot em março, após serem identificados como membros da gangue Tren de Aragua, que o governo Trump classificou como uma 'organização terrorista'. A troca foi celebrada por Maduro, que afirmou que os libertados estavam 'livres, enfim livres'. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, também comemorou a libertação, destacando a importância do retorno dos cidadãos americanos.
Os 10 prisioneiros trocados foram inicialmente levados a San Salvador, onde foram recebidos pelo presidente Nayib Bukele. Em um vídeo divulgado, eles aparecem agitando bandeiras americanas ao desembarcarem do avião. A identidade dos libertados não foi divulgada, mas a ONG Foro Penal informou que cinco deles são cidadãos americanos e os demais são residentes permanentes de outros países. A operação gerou críticas e levantou questões sobre os direitos humanos dos detidos em El Salvador, que enfrentaram condições adversas durante a detenção.