Na manhã deste sábado (26), Luiz Cláudio Machado, conhecido como Marreta, e Aleksandro Rocha da Silva, o Sam do Caicó, foram transferidos do presídio de segurança máxima de Bangu 1, no Rio de Janeiro, para a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. Ambos são considerados de altíssima periculosidade e estavam isolados em celas individuais, após uma decisão da Vara de Execuções Penais que permitiu o retorno de chefes do tráfico ao estado em outubro de 2023.
Marreta, com 133 anos e 4 meses de pena, e Sam do Caicó, condenado a 147 anos e 3 meses, possuem extensos históricos criminais, incluindo homicídios e tráfico de drogas. Marreta é conhecido por sua atuação na tomada da Praça Seca em 2010 e por sua participação em episódios de violência que resultaram na morte de policiais. A transferência ocorre em um contexto de esforços do governo do estado do Rio para desarticular facções criminosas dentro dos presídios fluminenses.
A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que a operação de transferência começou às 6h15, com forte esquema de segurança no Aeroporto Santos Dumont. A responsabilidade pela custódia dos presos passou a ser da Polícia Penal Federal após a chegada a Catanduvas. Essa ação é parte de uma estratégia mais ampla, que inclui a criação de um comitê de inteligência para identificar outros presos a serem transferidos, visando a segurança e a redução da influência do crime organizado.
Marreta já havia fugido em 2013, escapando por um túnel de esgoto e, posteriormente, foi recapturado no Paraguai em 2014. Sua transferência para um presídio federal é vista como uma medida necessária para conter sua influência e garantir a segurança pública no estado do Rio de Janeiro.