Em 3 de julho de 1988, o voo Iran Air 655, um Airbus A300, foi abatido por um navio de guerra americano, resultando na morte de 290 pessoas, incluindo 65 crianças. O incidente ocorreu em meio à guerra entre Irã e Iraque, quando a Marinha dos EUA patrulhava o Golfo Pérsico. O ataque, realizado pelo cruzador USS Vincennes, chocou o Irã e deteriorou ainda mais as já tensas relações entre os dois países.
O governo iraniano processou os Estados Unidos no Tribunal de Haia, resultando em um acordo em 1996, onde Washington concordou em pagar US$ 61,8 milhões às famílias das vítimas. No entanto, até hoje, os EUA não emitiram um pedido formal de desculpas pelo ocorrido, o que continua a alimentar o ressentimento entre os dois países.
Anualmente, o Irã homenageia as vítimas do desastre, com familiares lançando flores ao mar em memória dos falecidos. O episódio permanece como uma das maiores tragédias da aviação civil e um marco na história das relações internacionais, especialmente considerando o contexto de hostilidade entre os Estados Unidos e o Irã que perdura até os dias atuais.