Um trabalhador rural de 57 anos foi resgatado em situação análoga à escravidão na última quinta-feira (10) em Guimarânia, Minas Gerais. A operação foi realizada por uma força-tarefa composta por técnicos do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e a Polícia Militar, após denúncias sobre as condições de trabalho na propriedade rural onde o homem prestava serviços há cerca de 15 anos.
Durante a abordagem, os agentes encontraram o trabalhador vivendo em condições precárias, com estruturas insalubres e sem acesso a serviços básicos de saúde. Ele relatou que recebia apenas R$ 200 por mês, valor quase oito vezes inferior ao salário mínimo, e que seus dados bancários eram controlados pelos patrões, que supostamente deixaram o local para evitar a fiscalização.
Após o resgate, o trabalhador expressou o desejo de retornar ao Paraná, sua terra natal, e buscar reparação de seus direitos trabalhistas. Ele foi encaminhado para atendimento psicossocial e assistência jurídica. A Polícia Militar informou que o caso será encaminhado ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e à Delegacia Regional do Trabalho (DRT) para apuração de possíveis crimes trabalhistas e civis, visando responsabilizar os empregadores envolvidos.