O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu, por meio de uma liminar, restringir o repasse de R$ 450 mil da Prefeitura de Belo Horizonte para a realização da 26ª Parada do Orgulho LGBTQIA+, marcada para os dias 19 e 20 de agosto. A decisão, proferida pelo juiz Danilo Couto Lobato Bicalho, estabelece um limite de R$ 100 mil para a organização do evento, até que sejam comprovados os gastos da entidade responsável, o Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual e Identidade de Gênero de Minas Gerais (Cellos-MG).
A liminar foi concedida após uma ação popular movida pelos vereadores Uner Augusto e Phablo Almeida, ambos do PL, que questionaram a legalidade da contratação sem chamamento público, alegando falta de singularidade técnica da Cellos-MG. A Prefeitura de Belo Horizonte foi contatada, mas ainda não se manifestou sobre a decisão judicial.
Apesar da limitação no repasse, os organizadores da Parada afirmaram que o evento está mantido e que medidas legais serão tomadas em resposta à decisão. O tema deste ano é "Envelhecer bem: direito às políticas públicas do bem viver, ao prazer e à cidade", e a programação inclui o "Festival Fuzuê LGBTQIA+: Arte, celebração e luta", que ocorrerá no sábado, com entrada gratuita. A Cellos-MG classificou a decisão como uma "perseguição à população LGBTQIA+" e reafirmou seu compromisso de resistência.