O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) reclassificou a morte do marceneiro Guilherme Dias Ferreira, ocorrida em 4 de julho, como homicídio doloso, após solicitação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). A decisão altera a qualificação anterior, que considerava o caso como homicídio culposo, sem intenção de matar.
Guilherme, de 26 anos, foi atingido por um tiro na cabeça disparado pelo policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, enquanto tentava pegar um ônibus na Estrada Turística de Parelheiros, São Paulo. O PM alegou ter confundido o jovem com um dos assaltantes que haviam tentado roubar sua moto momentos antes do incidente.
A nova classificação do caso levou o inquérito a ser encaminhado para uma das varas do júri da capital. A mudança foi motivada pela contestação do MP-SP em relação à avaliação inicial da Polícia Civil, que não considerou a intenção de matar.
A morte de Guilherme gerou protestos e manifestações, com a família do marceneiro afirmando que ele foi alvo de racismo. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) também exigiu investigações rigorosas sobre o caso, destacando a necessidade de apuração adequada das circunstâncias que levaram ao trágico evento.