A revista britânica The Economist publicou uma reportagem nesta quinta-feira (24) que caracteriza o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um líder "obstinado" em resposta às ações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil. A matéria ressalta que a ameaça de tarifas de 50% sobre importações brasileiras acabou gerando um efeito contrário, unindo o Congresso brasileiro em apoio a Lula e considerando a possibilidade de tarifas retaliatórias aos EUA.
Segundo a Economist, a reação negativa das sanções norte-americanas fez com que a popularidade de Lula se recuperasse, após um período de queda. A revista menciona que a aprovação do presidente aumentou, e ele agora lidera as pesquisas para as eleições gerais do próximo ano, com manifestações de apoio, incluindo a queima de estátuas de Trump nas ruas.
A reportagem também destaca a relevância das importações brasileiras, como café, carne e suco de laranja, para os Estados Unidos, além de defender o sistema de pagamentos Pix, que foi criticado por Trump. A Economist observa que, apesar de problemas estruturais no comércio brasileiro, Trump não abordou essas questões, focando em críticas ao governo Bolsonaro como justificativa para as tarifas.
Por fim, a revista sugere que a disputa entre Lula e Trump pode ser um teste de resistência, questionando quem recuará primeiro, dado que ambos os líderes possuem características marcantes em suas abordagens políticas. A análise representa uma mudança de tom em relação a uma reportagem anterior, que havia retratado Lula como um líder em declínio no cenário político brasileiro.