A empresa americana The Agora, conhecida por vender boletins informativos sobre investimentos e saúde natural, tem atraído críticas por suas práticas de marketing enganosas. Com promessas de "curas escondidas" e "fundos secretos" liberados por políticos, a companhia já investiu mais de US$ 500 mil em anúncios nas redes sociais, como Facebook e Instagram, para promover suas ofertas. Os produtos, que podem custar milhares de dólares, são vendidos sob a premissa de que os consumidores podem enriquecer ao seguir suas orientações.
Um vídeo recente, intitulado "Alerta Urgente para Americanos Nascidos Antes de 1979", apresenta um homem que alega que grandes farmacêuticas estão "inundando a nação com veneno" e convida os espectadores a se juntarem ao Health Sciences Institute, uma das subsidiárias da Agora. Apesar de um aviso legal no site que desaconselha a interpretação do conteúdo como aconselhamento médico, a empresa tem sido acusada de explorar a desconfiança do público em relação aos serviços de saúde.
Com um faturamento estimado em mais de US$ 1,5 bilhão, a Agora e suas subsidiárias acumulam milhões de visualizações no YouTube e possuem uma base de assinantes considerável. No entanto, a reputação da empresa é manchada por avaliações negativas em plataformas como TrustPilot e Better Business Bureau, onde consumidores relatam perdas financeiras significativas e falta de reembolso por serviços não entregues. Um ex-cliente, por exemplo, afirmou ter perdido mais de US$ 15 mil em produtos da Agora, incluindo uma assinatura VIP que prometia atualizações exclusivas.
As práticas da The Agora levantam questões sobre a ética no marketing de produtos de saúde e investimento, especialmente em um momento em que a desinformação pode ter consequências graves para os consumidores. A empresa, que continua a crescer, enfrenta um crescente escrutínio de grupos de defesa do consumidor e da mídia, que buscam expor suas táticas comerciais questionáveis.