O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Helano Borges Dias, anunciou que o mês de julho pode marcar uma diminuição na emissão de títulos públicos, em coletiva realizada para comentar o Relatório Mensal da Dívida Pública do Tesouro Nacional. Segundo o relatório, a resiliência econômica dos Estados Unidos tem gerado um apetite por risco, apesar das incertezas trazidas por novas tarifas e negociações internacionais.
Borges destacou que, embora exista a possibilidade de manter um ritmo elevado de emissões, é fundamental que haja um ambiente favorável e interesse dos investidores. Ele enfatizou a prudência em reduzir o ritmo de emissão, considerando a atual situação econômica e a confortável posição das estatísticas da Dívida Pública Federal (DPF).
Em junho, o estoque da DPF alcançou R$ 7,883 trilhões, um aumento de R$ 212,71 bilhões em relação ao mês anterior. O Plano Anual de Financiamento (PAF) para 2025 prevê um estoque entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões. Borges também mencionou que os vencimentos de títulos influenciam as emissões, com uma tendência maior de emissão após grandes vencimentos, e ressaltou que o ritmo foi forte nos primeiros meses do ano, permitindo uma pausa neste momento.