O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Helano Borges Dias, anunciou que o mês de julho pode marcar uma diminuição no ritmo de emissão de títulos públicos. Durante coletiva de imprensa para discutir o Relatório Mensal da Dívida Pública, referente ao mês de junho, Borges destacou que a resiliência econômica dos Estados Unidos tem gerado um apetite por risco, apesar das incertezas trazidas por novas tarifas e negociações internacionais.
Borges enfatizou a necessidade de um ambiente favorável e do interesse dos investidores para manter um nível elevado de emissões. Ele observou que, devido ao aumento das incertezas, a equipe do Tesouro considerou prudente reduzir o ritmo de emissão, uma vez que as estatísticas da Dívida Pública Federal (DPF) estão confortáveis.
De acordo com o relatório, o estoque da DPF alcançou R$ 7,883 trilhões em junho, um aumento de R$ 212,71 bilhões (2,77%) em relação ao mês anterior. O Plano Anual de Financiamento (PAF) para 2025 prevê um estoque entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões. Borges também mencionou que a emissão excessiva em determinados períodos é uma resposta às oscilações do mercado e aos grandes vencimentos, que tendem a exigir novas emissões subsequentes.
Com a forte emissão nos primeiros meses do ano, o Tesouro se sente em uma posição confortável para ajustar o ritmo, considerando o cenário econômico atual mais adverso. Essa estratégia visa garantir a estabilidade e a saúde fiscal do país em meio a um ambiente global incerto.