O Tesouro Nacional encerrou o mês de junho com R$ 1,030 trilhão em sua reserva de liquidez, conhecida como 'colchão da dívida', destinado a honrar compromissos com investidores de títulos brasileiros. Este valor representa um aumento de 19,64% em relação aos R$ 861,30 bilhões registrados em maio, embora seja 6,72% inferior ao montante de R$ 1,104 trilhões observado no mesmo mês do ano anterior, 2024.
A reserva de liquidez é um indicador crucial para avaliar a capacidade do País em cumprir suas obrigações financeiras. Em maio, o montante era suficiente para cobrir 8,44 meses de pagamentos de títulos, enquanto em junho esse prazo caiu para 8,77 meses. O Tesouro Nacional mantém um mínimo prudencial de três meses de vencimentos para garantir a saúde financeira.
Helano Borges Dias, coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, atribuiu o aumento significativo da reserva ao elevado volume de emissões líquidas realizadas em junho, além da ausência de vencimentos no período. Ele ressaltou que o atual montante está 'bastante acima' do nível prudencial de R$ 449 bilhões, caracterizando uma posição confortável para o Tesouro Nacional.
Borges explicou que a falta de vencimentos no mês permitiu que os recursos provenientes das emissões líquidas se concentrassem no colchão de liquidez, reforçando a segurança financeira do País frente a seus compromissos com investidores.