Um terremoto de magnitude 8,8 atingiu a costa da Península de Kamchatka, na Rússia, na manhã desta quarta-feira (30), gerando um tsunami que afetou também o Japão. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) localizou o epicentro do tremor no mar, a cerca de 320 km da costa russa, a uma profundidade de 36 km. Este é o terremoto mais forte registrado desde o sismo de Tōhoku em 2011, que resultou em um desastre nuclear em Fukushima.
O tsunami gerou ondas de até 4 metros que atingiram áreas desabitadas da Rússia, causando danos estruturais em pelo menos 12 cidades da região de Kamchatka e resultando em falta de energia elétrica. No Japão, ondas de até 1,2 metro chegaram às costas de Hokkaido e Aomori, levando ao fechamento de escolas e à evacuação de cerca de 20 mil pessoas. Nos Estados Unidos, praias no Havaí e na Califórnia foram interditadas como medida de precaução.
Este terremoto é o sexto mais forte já registrado na história, superando eventos recentes, como o tremor de 7,8 na Turquia e Síria em 2023. Desde 2011, o planeta enfrentou pelo menos dez terremotos de magnitude superior a 8,0, mas nenhum havia ultrapassado 8,6 até agora. A Península de Kamchatka, localizada no "Círculo de Fogo do Pacífico", é conhecida por sua intensa atividade sísmica e vulcânica.
Embora as ondas geradas pelo tremor tenham perdido força, o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico alerta que ainda há risco de correntes marítimas anormais e maré alta em várias regiões do Pacífico. As autoridades costeiras continuam monitorando a situação e recomendam que a população evite áreas de risco nas próximas 24 horas.