Um terremoto de magnitude 8,8 foi registrado na noite de terça-feira (29) na região submarina próxima à Península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia, às 20h24 (horário de Brasília). O epicentro do tremor foi localizado a aproximadamente 125 km da cidade de Petropavlovsk-Kamchatsky, com uma profundidade de 20 km, conforme informações do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Este evento sísmico é considerado um dos mais fortes da história.
O sismo gerou alertas de tsunami em diversos países do Pacífico, incluindo Rússia, Japão, Chile, Alasca e Havaí, devido ao seu potencial destrutivo elevado. A movimentação vertical do fundo do oceano intensificou o risco de tsunamis, com especialistas ressaltando que esses fenômenos podem ocorrer em múltiplas ondas, sendo que as subsequentes podem ser mais fortes que a primeira.
Com base nos dados preliminares do USGS, o terremoto de Kamchatka empata com outros eventos sísmicos de magnitude 8,8, como os registrados em 1906 no Equador e em 2010 no Chile, ocupando o sexto lugar na lista dos mais fortes já documentados. Desde o terremoto de 9,1 que atingiu o Japão em 2011, nenhum tremor de tal intensidade havia sido reportado. A região de Kamchatka é conhecida por sua intensa atividade sísmica, tendo registrado um terremoto de 9,0 em 1952.
As agências de emergência continuam a monitorar a situação no Pacífico e mantêm os alertas até que novas medições confirmem a estabilização das ondas. O evento desta terça-feira destaca os riscos permanentes ao longo do Círculo de Fogo do Pacífico, onde a atividade tectônica é constante e potencialmente devastadora.