As terras raras, elementos químicos essenciais para diversas indústrias, tornaram-se um recurso estratégico no cenário global. Com 23% das reservas mundiais, o Brasil ocupa a segunda posição, atrás da China, que detém 49%. Esses elementos são cruciais para a produção de tecnologias como turbinas eólicas, baterias de carros elétricos e dispositivos eletrônicos. Apesar da riqueza em reservas, o Brasil responde por apenas 1% da produção global devido à falta de tecnologia de refino.
A China domina o mercado, respondendo por 69% da produção mundial e 85% do refino dos elementos químicos. O país também é responsável por 90% da fabricação de ímãs de alta potência, fundamentais para a indústria moderna. A dependência global da China em terras raras levanta questões geopolíticas, especialmente para os Estados Unidos, que enfrentam desafios em sua produção e acesso a esses recursos.
Historicamente, o Brasil foi um dos pioneiros na exploração de terras raras, com a primeira jazida descoberta em 1886 na Bahia. No entanto, a perda da tecnologia de refino ao longo dos anos resultou na diminuição de sua participação no mercado. A situação atual exige uma reflexão sobre a importância de investir em tecnologia para reverter esse cenário e aproveitar o potencial das reservas brasileiras.