A discussão sobre a figura do Poder Moderador no Brasil ganha novos contornos, com juristas e militares propondo a figura do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como uma solução para conflitos entre os poderes. Essa interpretação, que remete a práticas do passado, sugere que Trump poderia assumir um papel central nas relações internacionais e na legislação brasileira, superando as esferas do Executivo, Judiciário e Legislativo.
De acordo com essa visão, Trump teria a autoridade para decidir sobre relações comerciais do Brasil, especialmente com a China, além de influenciar diretamente ações judiciais envolvendo empresas estrangeiras. A proposta também inclui a possibilidade de que o ex-presidente norte-americano ditasse normas sobre a regulação de grandes empresas de tecnologia no país, como parte de um suposto Poder Moderador.
Essa ideia remete a uma interpretação controversa do artigo 142 da Constituição brasileira, que historicamente foi utilizado para justificar intervenções militares em momentos de crise política. A proposta atual levanta preocupações sobre a soberania nacional e a integridade da Constituição de 1988, já que sugere um retorno a práticas que foram abolidas com a redemocratização do Brasil.
A situação gera um alerta sobre a fragilidade da democracia brasileira, com a possibilidade de que figuras externas possam influenciar decisões internas, o que poderia representar um retrocesso significativo nas conquistas democráticas do país.