Durante a votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos precatórios na Câmara dos Deputados, ocorrida na terça-feira, 15, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) protagonizaram um intenso bate-boca. A discussão começou quando Jordy solicitou a palavra para questionar Motta sobre um destaque considerado "muito importante" para o Partido Liberal, que, segundo ele, havia sido retirado pelo líder da sigla, deputado Sóstenes Cavalcante.
Motta respondeu que a proposta já não estava mais em pauta, o que levou Jordy a contestar a informação, afirmando ter conversado recentemente com Cavalcante. A troca de farpas culminou em um momento de tensão, onde Motta elevou o tom de voz e afirmou: "Eu não funciono sob ameaça".
Apesar da discussão acalorada, a Câmara dos Deputados aprovou a PEC dos precatórios em dois turnos. A proposta permite que o governo exclua os gastos com precatórios do limite de despesas do arcabouço fiscal a partir de 2024, com a previsão de que esses gastos sejam reintegrados à meta fiscal em 2027, a uma taxa de 10% ao ano. No primeiro turno, a votação contou com 404 votos a favor, 67 contra e três abstenções; já no segundo turno, foram 367 votos favoráveis e 97 contrários. Os destaques foram rejeitados e o texto seguirá para o Senado Federal.