O governo da Síria enfrentou uma escalada de tensões com Israel após o envio de suas tropas para a província de Sweida, na segunda-feira, com o objetivo de controlar conflitos entre tribos beduínas e facções armadas da comunidade drusa. A decisão, considerada um erro de interpretação das intenções israelenses, foi baseada em supostas mensagens de apoio dos Estados Unidos, que defendem a centralização do governo sírio. No entanto, Israel reagiu com ataques aéreos contra as forças sírias e alvos em Damasco na quarta-feira, surpreendendo a liderança síria.
Fontes diplomáticas e de segurança relataram que Damasco acreditava ter recebido sinal verde dos EUA e de Israel para a movimentação militar, apesar de avisos prévios de Israel para não proceder com a ação. O enviado especial dos EUA para a Síria, Thomas Barrack, teria incentivado a Síria a ser administrada como um estado unificado, sem zonas autônomas, o que gerou confusão sobre a posição de Washington.
Em resposta aos ataques israelenses, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que a intervenção visava proteger a zona desmilitarizada no sul da Síria e garantir a segurança da minoria drusa. O governo sírio, por sua vez, negou que as ações militares fossem influenciadas por pressões externas, afirmando que a decisão foi tomada com base em interesses nacionais para proteger civis e evitar a escalada do conflito civil. A situação levou à intervenção de países ocidentais para estabelecer um cessar-fogo, enquanto Damasco anunciou planos para enviar uma força dedicada a restaurar a ordem na região.