A relação comercial entre Estados Unidos e Brasil enfrenta um novo capítulo de instabilidade, intensificado pela expressão 'TACO' (Trump Always Chickens Out), que critica os recuos do presidente americano em suas políticas tarifárias. O termo, que ganhou notoriedade em maio, foi mencionado durante uma entrevista na Casa Branca, gerando uma resposta irritada de Donald Trump, que negou ser um 'amarelo' e defendeu suas ações como parte de uma negociação.
A tensão se agravou após Trump enviar uma carta oficial ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, ameaçando tarifas que poderiam impactar severamente a economia brasileira. A Bolsa de Valores brasileira sofreu uma queda significativa, enquanto o dólar ultrapassou R$ 5,60, com analistas alertando para a perda de competitividade em setores estratégicos como aço e automóveis.
O governo brasileiro considera que a medida tem motivações políticas, especialmente em função da aproximação do Brasil com o Brics e do julgamento de Jair Bolsonaro no STF. Lula afirmou que o Brasil não aceitará ser 'tutelado' e que responderá a medidas unilaterais com base na Lei da Reciprocidade Econômica. Enquanto isso, a oposição critica a postura diplomática do governo atual, atribuindo a crise à atuação de Bolsonaro nos EUA.
A situação se complica ainda mais com a possibilidade de Jair Bolsonaro tentar intervir diretamente junto a Trump, o que pode acirrar ainda mais as tensões políticas internas e internacionais, segundo analistas.