O tenente-coronel Mauro Cid entregou suas alegações finais nesta segunda-feira (29 de julho de 2025) no processo que investiga o núcleo central da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A defesa de Cid solicitou a manutenção dos benefícios da delação premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR) e pediu sua absolvição, alegando que o militar apenas testemunhou os eventos sem participar de atividades criminosas.
No documento apresentado à Justiça, os advogados de Cid afirmam que não há provas que demonstrem sua participação em atos de ruptura institucional. A defesa destaca que depoimentos de autoridades militares de alta patente corroboram a conduta disciplinada e leal do tenente-coronel à Constituição. Cid foi o primeiro réu a apresentar suas alegações, enquanto os demais réus do chamado "núcleo 1" terão 15 dias para se manifestar.
A PGR, por sua vez, pediu a condenação de Mauro Cid, sugerindo uma redução de um terço da pena, argumentando que o militar omitiu informações relevantes e resistiu ao cumprimento das obrigações do acordo de colaboração premiada. A denúncia contra Cid e outros membros do núcleo central foi apresentada em fevereiro de 2025, e o processo está agora na fase final antes do julgamento pela 1ª Turma do STF.
Os prazos para a apresentação das alegações finais seguem em andamento, com os demais réus, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, tendo até 15 dias a partir de 30 de julho para entregar seus documentos. Após essa fase, o processo estará pronto para ser julgado, com a data a ser definida no segundo semestre de 2025.