O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, deve apresentar suas alegações finais ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 29 de julho de 2025. O processo investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, envolvendo Cid e outros sete réus do primeiro grupo processual.
A entrega do documento ocorre duas semanas após a Procuradoria Geral da República (PGR) solicitar a condenação dos réus, incluindo Cid. As alegações finais representam a última etapa do processo penal antes do julgamento pela 1ª Turma do STF. Cid é o primeiro réu a se manifestar nesta fase, devido ao acordo de delação premiada que firmou com a Justiça.
Em 15 de julho, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, negou o perdão judicial solicitado por Cid e pediu sua condenação, com a possibilidade de redução de um terço da pena pelos crimes imputados, mesmo após sua colaboração. O processo envolve figuras proeminentes, como Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sergio Nogueira e Walter Braga Netto, todos relacionados ao governo Bolsonaro.
Após a manifestação da defesa de Cid, os demais réus terão um prazo de 15 dias para apresentar suas alegações finais, dando continuidade ao processo que promete repercussões significativas no cenário político brasileiro.