O Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou nesta segunda-feira (28) o interrogatório de dez réus envolvidos na tentativa de golpe de Estado em 2022, conforme apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Os depoimentos foram de integrantes do núcleo 3, composto majoritariamente por militares das forças especiais, incluindo o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, que admitiu que a inteligência do Exército elaborou um plano para prender ministros preventivamente.
Entre os réus, destacam-se figuras como o general Estevam Gaspar de Oliveira e outros tenentes-coronéis. A Polícia Federal investiga ações coercitivas planejadas pelo grupo, que incluíam uma ofensiva armada denominada “Punhal Verde e Amarelo”, com o objetivo de atacar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, prevista para ocorrer em 15 de dezembro de 2022.
Com o término dos interrogatórios, o processo avança para a fase final da instrução criminal. As partes terão cinco dias para solicitar diligências adicionais, e o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, decidirá sobre os pedidos. Após essa etapa, será aberto um prazo de 15 dias para as alegações finais, onde acusação e defesa apresentarão seus argumentos sobre a condenação ou absolvição dos réus.
Uma vez concluídas as etapas formais, o processo será submetido à Primeira Turma do STF, que decidirá sobre a condenação ou absolvição dos acusados. Em caso de condenação, o tribunal determinará as penas individuais, enquanto a absolvição resultará no arquivamento do processo, com possibilidade de recurso em ambas as situações.