Uma forte chuva de granizo paralisou, nesta sexta-feira (25), as buscas pelo escoteiro Marco Aurélio Simon, desaparecido há quase 40 anos na região do Pico dos Marins, em Piquete, São Paulo. As investigações, conduzidas pela Polícia Científica, foram retomadas na última quinta-feira (24), com o objetivo de encontrar pistas sobre o paradeiro do jovem que desapareceu em 1985.
As equipes da Polícia Civil isolaram a área próxima à trilha da montanha e iniciaram escavações em pontos previamente mapeados por drones. Em 2023, um drone equipado com radar identificou locais que podem conter vestígios humanos subterrâneos. Durante uma escavação anterior, um fio de cabelo foi encontrado, mas não pôde ser identificado geneticamente.
Recentemente, uma nova análise aérea com drones de inteligência artificial indicou dois pontos com indícios de material compatível com ossos humanos, a cerca de 1,5 metro de profundidade. As escavações nesses locais estavam programadas para começar na quinta-feira, mas foram adiadas devido às condições climáticas adversas. A perícia planeja retomar os trabalhos assim que as condições de segurança forem restabelecidas.
Marco Aurélio Simon desapareceu em 8 de junho de 1985, aos 15 anos, durante uma atividade com o grupo Olivetano de Escoteiros. Após se separar do grupo, ele nunca mais foi visto. O inquérito sobre seu desaparecimento foi reaberto em 2021, após novas denúncias sobre a possibilidade de seu corpo estar enterrado na região.