O avanço da tecnologia no agronegócio brasileiro tem transformado o perfil de emprego no setor, com uma fazenda de 7.500 hectares alcançando recordes de produção de soja, milho e feijão por meio da automação. De acordo com o produtor rural José Rodrigues, máquinas como tratores e pulverizadores operam com GPS, otimizando o trabalho no campo.
Flávio Querino, agricultor e operador de máquinas, destaca que a tecnologia permite um trabalho mais confortável e limpo, reduzindo a necessidade de trabalho manual. No entanto, esse avanço tecnológico resulta em uma diminuição do número de profissionais empregados na agropecuária, que atingiu o menor nível da série histórica do IBGE.
Felippe Serigati, pesquisador da FGV Agro, explica que a redução da mão de obra se deve à incorporação de tecnologia que aumenta a produtividade e a renda, aquecendo a economia local e gerando mais oportunidades no setor de serviços. Enquanto isso, o número de empregos nas indústrias que processam produtos agrícolas atinge recordes.
A mudança no emprego no agronegócio reflete uma alocação mais eficiente da mão de obra, com uma crescente demanda por profissionais qualificados em áreas como engenharia de alimentos. Gabriela Zeviani e Thaisa Tanno, profissionais da área, relatam que a busca por talentos qualificados é intensa, evidenciando a evolução do setor em direção a novas oportunidades de trabalho.