O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), revalidou o tombamento do Teatro Dulcina de Moraes e de seu acervo, que inclui fotos, textos e peças da atriz, em um decreto publicado no Diário Oficial do DF nesta segunda-feira (27). O teatro, inaugurado em 21 de abril de 1980, foi projetado por Oscar Niemeyer e está localizado no Setor de Diversões Sul, conhecido como Conic.
O acervo de Dulcina, que já havia sido tombado como patrimônio cultural em 2007, permaneceu sem o devido tratamento por quase duas décadas. Após a pandemia, em 2023, um levantamento criterioso começou a ser realizado. Com a nova revalidação, o governo do DF se compromete a proteger tanto o acervo quanto as dependências do teatro contra degradação e alterações arquitetônicas.
A revalidação foi aprovada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do DF em fevereiro, coincidentemente no mês em que Dulcina completaria 107 anos. O decreto inclui a proteção das dependências do teatro, como plateia, palco e camarins, além de inscrever o "Ideário de Dulcina de Moraes no Ensino e no Fazer Teatral Brasileiro" no Livro I: dos Saberes, reconhecendo seu legado como patrimônio cultural imaterial do DF.
Dulcina de Moraes, que faleceu em 1996, foi uma figura central no teatro brasileiro, atuando como atriz, diretora e produtora. Nascida em 1908, ela fundou a Fundação Brasileira de Teatro e teve uma carreira marcada por importantes produções, incluindo o espetáculo "Chuva" em 1945, que a consagrou no cenário cultural do país.