Um levantamento do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) revelou que mais de 560 obras em rodovias administradas pela iniciativa privada estão atrasadas. As intervenções, que visam melhorar o tráfego e a segurança dos motoristas, têm gerado transtornos significativos, especialmente na região metropolitana de São Paulo, onde o trânsito já é notoriamente complicado.
Em Barueri, motoristas relatam que o tempo de deslocamento aumentou em até 40% devido a obras na Rodovia Castello Branco, que deveriam ter sido concluídas em maio deste ano. A ampliação das marginais e a construção de novas pontes sobre o Rio Tietê, que são de responsabilidade da CCR ViaOeste, agora rebatizada de Motiva, não foram finalizadas, mesmo após a concessão ter sido transferida para outra empresa em março.
De acordo com o TCE, a concessionária Rodovias do Tietê lidera a lista de pendências, com 117 obras atrasadas. Na Grande São Paulo, 64 obras deveriam ter sido entregues, incluindo 23 no Rodoanel Sul e 12 no Sistema Anchieta-Imigrantes. A CCR justificou os atrasos como resultado de interferências não previstas e a necessidade de novas desapropriações, afirmando que todas as obras devem ser concluídas até junho de 2026.
A Artesp, agência responsável pela fiscalização das concessões, informou que as concessionárias estão em processo de repactuação de cronogramas, mas não forneceu a lista completa das obras atrasadas solicitada pela reportagem. A situação continua a gerar insatisfação entre motoristas e empresários da região, que esperam por melhorias significativas na infraestrutura viária.