As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam a segunda-feira, 30 de outubro, praticamente estáveis, mesmo diante da valorização do dólar em relação ao real e do aumento nos rendimentos dos Treasuries nos Estados Unidos. Os investidores no Brasil mantiveram suas posições à espera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorrerá na quarta-feira, e da implementação da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, prevista para o dia 1º de agosto.
No fechamento do dia, a taxa do DI para janeiro de 2027 foi de 14,215%, em comparação com o ajuste anterior de 14,232%. Para janeiro de 2028, a taxa caiu de 13,594% para 13,575%. Entre os contratos de longo prazo, a taxa para janeiro de 2031 passou de 13,797% para 13,78%, enquanto a taxa para janeiro de 2033 foi de 13,92% para 13,91%.
A valorização do dólar foi impulsionada pelo acordo comercial entre Estados Unidos e União Europeia, que estabelece uma tarifa de 15% sobre produtos europeus, além do aumento nos rendimentos dos Treasuries, que refletiram uma expectativa de menor impacto da guerra comercial na economia americana. Apesar dessas movimentações, os DIs no Brasil mantiveram-se próximos dos ajustes anteriores, com operadores do mercado afirmando que a expectativa em relação ao Copom deixou o mercado em um estado de espera, sem grandes alterações nas posições.
De acordo com o boletim Focus, divulgado pela manhã, a mediana das projeções dos economistas indica que a Selic deve permanecer em 15% até o final do ano. A expectativa de inflação para 2025 foi ajustada de 5,10% para 5,09%, enquanto a projeção para 2026 passou de 4,45% para 4,44%. O rendimento do Treasury de dez anos, referência global para decisões de investimento, subiu 3 pontos-base, alcançando 4,416% às 16h46.